O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse hoje (24) que a maior
preocupação do governo quanto ao surto de febre amarela é que a população das
áreas afetadas seja vacinada, para bloquear o avanço da doença. “As vacinas
estão sendo entregues nas áreas de controle e de bloqueio e esperamos que a
população procure o mais rápido possível a vacinação e que as vigilâncias dos
estados façam uma busca ativa de pessoas que moram em regiões mais afastadas”,
disse Barros, em entrevista ao programa Nos Corredores do Poder, da TV Brasil.
Segundo o ministro, a surto se mantém concentrado em Minas
Gerais. Porém, já há registros da doença no Espírito Santo, na Bahia, em São
Paulo e no Distrito Federal. Ao todo, foram notificados 421 casos suspeitos da
doença, sendo 87 mortes. Do total, 391 pacientes estão concentrados em Minas
Gerais.
Ao todo, o Ministério da Saúde enviou 4,6 milhões de doses
extras da vacina contra a febre amarela a Minas Gerais e aos estados com
regiões limítrofes à área do surto. De acordo com Barros, o estoque de vacinas
do governo é o suficiente para conter a doença. “Temos um estoque bastante
elevado de vacina, o Brasil é exportador de vacina da febre amarela. Não temos
problema com o fornecimento”.
Barros disse que há uma vigilância quanto à possibilidade de
casos urbanos da doença, porém, é improvável que o Brasil tenha este tipo de
transmissão da febre amarela. A doença pode ser transmitida por mosquitos
silvestres em áreas rurais ou, em zonas urbanas, pelo Aedes aegypti, o mesmo
que transmite à dengue e a zika, porém, desde 1942 este tipo de contágio não é
registrado no Brasil.
Imunização
A vacina está disponível em todos os estados brasileiros
gratuitamente nos postos de saúde. De acordo com o ministério, o produto é
eficaz e seguro. As crianças devem receber uma dose aos nove meses e um reforço aos 4 anos. Para
quem não tomou as doses na infância, a orientação é de uma aplicação e um
reforço dez anos depois. As orientações são apenas para pessoas que vivem em regiões
de recomendação ou quem vai visitar
estas regiões.
Sintomas
Os sintomas iniciais da doença são febre de início súbito,
calafrios, náuseas, vômitos, fadiga, fraqueza e dores de cabeça, nas costas e
no corpo em geral. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta,
icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e,
eventualmente, insuficiência de órgãos.
Entre 20% e 50% das pessoas que desenvolvem a doença grave podem morrer. A
febre amarela pode levar à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente.
Do
Diário de Pernambuco
Foto: Osnei Restio/ Prefeitura de Nova Odessa.
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